Segunda fase - Isso não dá lucro e a escala é complicada

Como escala uma fábrica de software?

Já nos primeiros meses da empresa, começamos a olhar para fora, como disse tínhamos um certo conforto pelo fato de ter demanda full da fábrica pelo cliente/investidor, mas logo percebemos que isso não seria sustentável no longo prazo.

Começamos a prospectar nos próprios clientes do ERP da ACOM e logo começamos a desenvolver alguns projetos específicos. Porém esses projetos eram em suma pequenos, ou seja, demandavam tempo para negociar e desenhar o projeto, em muitas vezes geram uma demanda de 60 dias de trabalho. Com o passar do tempo, desenvolvemos uma metodologia e um framework para criar essas propostas de trabalho mais rápido.

Entretanto, minha bagagem sempre foi técnica. Extremamente técnica, mas comercialmente tive que aprender a me virar meio na raça. Tinha zero apelo comercial, mas a nossa venda também era extremante técnica, composta por diagramas e fluxogramas mais o detalhamento da tecnologia envolvida.

Conforme fomos fechando novos contratos, era necessário colocar contratar mais pessoas. Contratar pessoas na área técnica sempre foi um desafio desde meus tempos de faculdade.

Tínhamos uma métrica de ter êxito em pelo menos 80% dos projetos da fábrica. Nosso valor hora já contemplava nossa ineficiência, porém isso tem um certo limite. E o valor hora quem dita é o mercado, quando você vende hora de um programador, sem ele ter um knowhow especifico quem dita seu preço é o mercado.

A medida que se contratava gente, era necessário ter em mente algumas coisas. Primeiro era necessário investir em máquina, posição de trabalho e treinamento. Chegamos num ponto que a sala que estávamos ficou pequena. Isso acendeu um alerta, para trocar se sala exigia mais investimento. Uma equação complicada. A FBITS deu lucro em todos os momentos desde sua abertura, e era com esse lucro que reinvestíamos no negócio.

Principais aprendizados dessa fase: